Monday, November 13, 2006

Poemas Perdidos


Amor
Amor é o que nos anima
É aquilo que nos move
É tudo que nos absorve
É império de todos os sentidos
O amor é justo
São...
Mas completamente abestalhado,
Quando corre na rua
Quando passeia pela curva nua
Quando diz bem de mansinho...
Tô na tua!
Patrícia Sanches





PESAR
Meu corpo anda torpe
Como se nele faltasse a vida.
O que me move por dentro
É o constante pensar em você.
Do fundo da alma?
Sabe-se lá quem sou
Um veio de quartzo partido...
Um ser então de mim Banido...
Sou o cuspe das ruas !
Sou o que floresce no mundo...
A dor do tédio,
O desespero da solidão,
O mundo repartido,
O chão...
Aquele que desapareceu
Enquanto eu caminhava em sua DIREÇÃO !
Patrícia Sanches

ARDIL
Quem tem o Dom de me fazer feliz?
Pra onde vou?
Entre avenidas suburbanas
No meio dos homens que vendem Bananas...
Sou a metade de tudo
Aquilo que é mais confuso...
O perdão nunca me ataca...
A dor é corte, é FACA
A façanha de ser comum?
Não tenho!
Subtraio o que não me faz bem
Submeto a meta ao meio
Transformo tudo o que não veio
Em realidade absoluta
Uma parte que parte de mim
É aquela que me busca por inteiro
As minhas insanidades são assim...
Meros devaneios!
Patrícia Sanches

HOMEM VELHO

Hoje eu sorri...
Ganhei um espaço no rosto
Pra não ganhar dois pés de galinha.
O mundo tem cheiro redondo,
E isso me fez acreditar que ainda é possível transbordar de emoção.
Creio que os rostos enrugados que só eu vejo agora
Murcharam porque deixaram de acreditar no sorriso...
Aquele que transparece é o sorriso sincero que povoa o meu rosto enquanto faço esse poema.
Uma homenagem ao HOMEM VELHO que há dentro de nós.
Patrícia Sanches

Gula
Poeme-se em mim
Seu miserável gostoso
Ei de comer-te até as calosidades
Ei de lamber-te até a última gota
Não deixarei nada
Sambarei em tua alma como rainha de bateria
Engolirei todas as sua amarras
Te obrigarei a arrastar-se até a Penha
Venha, venha
Tirar toda a minha
Paz
Eu deixo, eu deixo...
Seu miserável gostoso.

Prima Vera
A prima Vera pousou sobre mim
Fez-me pensar sobre todas as coisas que me cercam
De todas a mais bonita flor é você
De Vera...
Acredite
Sementes são assim mesmo
Rompem o solo
E surgem na mata aberta ao sol
Ladeiam os vales
Encobrem os montes e sinalizam
Amém
P.S.

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